(Re)Descobrir Faiunça (1931-1982)
Herança de um casapiano...
A exposição Herança de um Casapiano e Formador para a Escultura portuguesa presta homenagem a José de Jesus Branco (1931-1982), alcunhado de “Faiunça”, uma figura esquecida mas incontornável no panorama da cultura portuguesa do século XX.
Órfão de pai, Faiunça cresceu na Casa Pia de Lisboa, tendo seguido o Curso Industrial com especialização em Serralharia Mecânica. O seu talento em Artes Plásticas, contudo, levou-o a exercer outra profissão até à sua morte: a de formador, concretizando inúmeros projetos de escultores conceituados do seu tempo.
Ao relembrar os 40 anos do seu falecimento, pretende-se resgatar o legado deste profissional em particular, e dos formadores em geral, sem os quais a produção da Escultura Monumental de Arte Pública e da Medalhística não teria tido expressão visível.
Em estreita colaboração com os escultores, o formador materializava as obras que estes concebiam e esboçavam. Para “dar forma” a estes projetos no tamanho ambicionado (quantas vezes colossal) e no material durável requerido (gesso, cimento, betão, pedra ou bronze, entre os mais comuns), era o formador que lidava com todos os desafios inerentes à ampliação das obras, à sua modelação em barro e formação com gesso, numa altura em que somente o génio dos procedimentos operatórios podia suprir as limitações tecnológicas.
Numa exposição que pretende fazer juz à criatividade e sensibilidade do Faiunça, que soube se ajustar à vertente conceptual e estética de artistas muito diferentes, procurou-se reunir testemunhos materiais da atividade deste formador, sendo muitos apresentados pela primeira vez: documentos arquivísticos, retratos, fotografias em contexto de trabalho, obras de vários escultores, e também ferramentas e matérias-primas utilizadas.
Segunda a sexta, das 10h às 17h, sábado, das 10h às 13h/14h às 16h30
Ficha técnica:
Curadoria de Agnès Le Gac
Local: