Renée Gagnon
Obstinada.mente
Renée Gagnon, artista canadiana radicada em Lisboa, tem um conhecimento profundo sobre Angola e sobre as suas transformações. Ela é, aliás, uma das poucas artistas a ter documentado os Musseques de Luanda (bairros autoconstruídos que rodeiam a cidade e que representam uma expressão viva da criatividade e resiliência das suas comunidades), antes e após a independência, incluindo durante o período da Guerra Civil.
Até dia 18 de janeiro, a Casa da Liberdade – Mário Cesariny e a Perve Galeria recebem uma exposição antológica da artista de 82 anos, que celebra a extraordinária capacidade de Renée Gagnon em transformar paisagens e materiais descartáveis em arte que desafia o tempo e a história e propõe uma reflexão sobre o que significa habitar o espaço urbano e rural e sobre como a arte pode emergir das condições mais precárias, conferindo dignidade e voz a espaços marginalizados.
Enquanto na Casa da Liberdade – Mário Cesariny o destaque vai para a série dedicada aos Musseques, na Perve Galeria são apresentadas outras séries da artista, desde os anos 1970 até à atualidade.
Terça a sábado, das 14h às 20h
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