Ricardo Castro Ferreira
Da impossibilidade do sublime
Para o artista Ricardo Castro Ferreira, que reside em Lisboa há alguns anos, a definição de “belo” é difícil e encontra diferentes esteios ao longo da história da arte. Na contemporaneidade, o belo, possui outras facetas, a estética é explorada e desconstruída de diversas formas, a beleza já não se constitui como uma preocupação essencial do artista no momento de criação, sendo substituída pela valorização da conceptualização.
Nesta exposição, ressalta-se esse mesmo desinteresse, ou melhor, a impossibilidade que o artista encontrou, durante a sua reflexão, de atingir um ideal, o sublime, dentro da sua tipologia artística.
O processo da sua prática, naturalmente enraizado em abordagens experimentais e regido por automatismos, atribuídos pela própria técnica da serigrafia, impedem que o artista consiga resultados que na sua conceção seriam os ideais, os mais belos, já que a tendência desta técnica é causar o que chamamos de “acidentes”, algo que não foi previsto, com este tipo de evento presente nas suas obras e na respetiva produção, a ideia de perfeição que conhecemos nunca poderá ser alcançada.
Segunda a sexta, das 8h às 23h, sábado, das 9h às 18h
Ficha técnica:
Curadoria de Ângela Fonseca
Local: