Sonho que não se pode quebrar e não se pode quebrar e não se pode…
As palavras intrigam-me, numa interrupção abrupta. A tentativa de descrição (a tentativa em si mesma e a descrição) intrigam-me numa interrupção abrupta. Levemente trago as palavras que me intrigam, para suportar ou afirmar este ambiente interior e quiçá libertá-lo. Este universo onírico, desconhecido, estrangeiro, alimentado perpetuamente da “imparcialidade” no nosso subconsciente e corpo. Florescem as flores de lótus, mas não cheira a pântano, a lodo, a putrefação. Algo está errado, belisco-me. Hipnotizo tigrezas e leões, os piso. Algo está errado, belisco-me. Chamo as cobras no/do deserto, vibrações inimigas encantam-me, arranca-lhes o maxilar e o veneno. Algo está errado, belisco-me. Os cachos de bananas crescem ao contrário e estão verdes na mastigação. Algo está errado, belisco-me.
Ficha técnica:
A.ves, criação e texto; A.ves e Lwizard Blast, interpretação.
5 €
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