Teresa Almeida e Silva
As pinturas de Teresa Almeida e Silva têm este poder e este silêncio – texturas, formas, cores e espaços que reconhecemos mas são inapelavelmente alheios. Que nos atraem de uma maneira tal que nos assustamos “se alguém bater à porta” enquanto nos alheamos nelas.
Não há ruído de ondas, de vulcões, de trovões, de carros a afastarem-se na estrada molhada: um silêncio inquietante, um muro tão simbólico de elementos verticais e mudos como os penhascos da Ilha dos Mortos. Céus de chumbo, viadutos desertos, cidades desertas, paisagens que apenas alguma escassa vegetação pontua. Ciprestes entre mulheres-estátua de cabelos ao vento – estátuas de sal vindas de jardins intemporais de De Chirico.
Ana Maria Pereirinha
Terça a sábado, das 15h às 19h30
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