Teresa Esgaio

Esta exposição apresenta-se como uma tomada de consciência do nosso lugar, da nossa ligação ao solo, colocando o peso, a densidade das massas e o espaço que elas ocupam como constantes incontornáveis na relação do Homem com a realidade. Existir implica uma constante relação de submissão ou resistência às leis da gravidade e, neste conjunto de trabalhos, Teresa Esgaio convoca uma certa ideia de verticalidade em oposição a esta força que empurra os corpos para baixo.

Um verdadeiro tropismo força o ser humano a manter a cabeça erguida, a coluna vertebral na sua posição reta, vertical, como um fio de prumo interno, que serve de eixo e nos ensina a vencer intimamente a gravidade.

Através da leveza da folha de papel, que é o suporte onde trabalha, Teresa Esgaio propõe uma consciência acrescida do ser humano que cai, que não consegue escapar ao íman, mas que se inquieta, lutando para se elevar e libertar dos ditames da terra.

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