Tudo A Que Se Chama Nada
Nathalie Sarraute/ Carla Bolito
Nome essencial do Nouveau Roman, movimento literário nascido na década de 1950, muito marcado pelo existencialismo e pelo estruturalismo, Nathalie Sarraute (Rússia, 1900 – França, 1999) é a autora das duas peças que compõem o mais recente espetáculo de Carla Bolito, Tudo a que se chama nada.
Na primeira delas, Por tudo e por nada, dois homens, o Homem 1, confiante e bem sucedido na vida, e o Homem 2, artista falhado e nervoso, amigos de longa data, põem em causa a sua relação devido a uma exclamativa do Homem 1, entendida pelo Homem 2 como insuportavelmente condescendente.
A segunda peça (estreia na escrita para teatro da autora, à época encenada pelo mítico Claude Régy), Aqui está ela, parte de uma ideia partilhada entre dois personagens e da forma obsessiva como essa mesma ideia acaba por condicionar toda a existência de um deles.
Um espetáculo desafiante e divertido que aposta na “junção destas peças [para] procura[r] acentuar o jogo das palavras no máximo do seu esplendor e no aparente e superficial Nada que as personagens vivem.” [texto: Frederico Bernardino/Agenda Cultural de Lisboa, janeiro 2025]
Ficha técnica:
Estado Zero. Nathalie Sarraute, textos; Carla Bolito, encenação; Álvaro Correia, Anabela Brígida, João Cabral e Marcello Urgeghe, interpretação.
12 € - preço normal (ver descontos aplicáveis)
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