Virgens Suicidas

Três intérpretes de exceção (a atriz Luísa Cruz e as bailarinas e coreografas Mariana Tengner Barros e Vera Mantero) encontram-se em palco com um grupo de jovens ginastas sob direção de John Romão, diretor artístico da bienal BoCA e encenador reconhecido por criações interdisciplinares em torno de autores como Pier Paolo Pasolini, Rodrigo Garcia ou Thomas Bernhard.

O propósito é Virgens Suicidas, romance de Jeffrey Eugenides que se tornou mundialmente famoso após a adaptação ao cinema por Sofia Coppola, e uma fantasia distópica da autoria do dramaturgo Frank Wedekind (autor de Lulu) intitulada Mine-Haha. Esta combinação, servida “com uma linguagem clínica precisa, composta por detalhes misteriosos e eróticos”, proporciona um retrato sobre “a educação de um grupo de raparigas adolescentes dedicadas à educação física, ao teatro e à dança”. A busca da perfeição a que se dedicam as jovens é, porém, ensombrada pela clausura, pela rigidez e pela opressão, o que “desperta em cada uma um estado de exceção e desejos violentos de aniquilação.” FB

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